quinta-feira, 15 de outubro de 2009

PAGAR AOS ALUNOS

Na sua crónica de 14 de Outubro de 2009, no Público, (“Uma escola de malandros”), Santana Castilho escreve “Fiquei boquiaberto quando conheci, recentemente, a prática experimental de três escolas de Paris. Pagam para os alunos irem ás aulas (…)." Cá entre nós, paga-se indirectamente: se os filhos não forem à escola, os pais perdem o direito ao subsídio social de integração (veja-se o desabafo de uma professora publicado há dias neste blogue). E também acontece haver alguns alunos a abandonar as escolas secundárias para frequentarem cursos de formação do IEFP porque aí recebem um subsídio ou uma bolsa. Os casos não serão rigorosamente idênticos. Mas “tocam” no mesmo nó górdio: para que serve uma escola onde a procura do conhecimento e da educação deixaram de ser a tarefa principal e se define como objectivo ver se o aluno não falta ou se a indisciplina não atinge níveis insuportáveis? Que professores conseguirão não “enlouquecer” num contexto destes? Sobre estes “dramas” veja o filme O Dia da Saia, que brevemente estará nos nossos cinemas.  

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