1. Convém ter presente que ser arguido não é necessariamente ser culpado. Mas num caso com a importância política, económica e de impacto mediático como este ("Face Oculta"), a menos que estivéssemos perante uma grande leviandade da PJ, constituir alguém arguido não deixa de ser relevante.
Que um desses arguidos seja Armando Vara não deixará certamente ninguém "varado". Sobre Armando Vara recaem há muitos anos fortes suspeitas, o que não o tem impedido de singrar na vida política e, por via desta, na vida económica e empresarial.
Mas também ninguém ficará surpreendido se Armando Vara sair "ileso" deste processo. Ficará porém sempre a dúvida de saber se sai "ileso" porque nada o implica ou porque tem a protecção do PS — e, "quem se mete com o PS leva", J. Coelho dixit... O mesmo se diga de J. Penedos...
2. Há dias escrevi neste mesmo blogue que a credibilidade da política e dos políticos se iria medir pelo modo como, passadas as eleições legislativas, se continuaria a falar ou não dos "escândalos" que tinham abrasado a campanha: o caso Freeport, o jornal de sexta da TVI, a compra de votos nas eleições internas do PSD, a compra de votos por António Braga no Brasil, o caso António Preto, a Casa Pia, o BPN-Dias Loureiro, etc… Temo que estes casos se "arrastem" em lume muito brando até às próximas eleições legislativas (daqui a 2 anos?). E talvez que nessa altura, aceso o lume forte, se junte a eles o caso Vara/Penedos. Se for assim, será melhor emigrar...
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