Ainda há uma semana um respeitável professor universitário e popular golfista, famoso nos escusos corredores de Bruxelas, ex-ministro da Educação e com outros títulos que me dispenso de enumerar , berrava em arruadas e comícios por terras de Braga que ele seria o deputado deles! Ele, o melhor defensor das gentes bracarenses, do arcebispo e dos adeptos do Sporting d Braga, que só graças a ele está no 1.º lugar, ele, João de Deus Pinheiro, o conhecedor dos problemas industriais e passionais de todo o distrito que levaria solene e empertigado a todo o digno hemiciclo de São Bento. Os papalvos (ou inocentes ou ingénuos) votaram nele, elegeram o seu verbo fácil e adulador. No 1.º dia da nova Assembleia, João de Deus Pinheiro renunciou ao seu mandato. Irá ganhar muito mais para uma qualquer empresa a quem ensinará como enganar Bruxelas e fugir aos impostos? Quanto às gentes de Braga, que se lixem! Daqui a 4 anos ele lá estará de novo a recolher o seu voto, que respeitará, com enfadado esforço, por umas escassas 8 horas. E não se pode exterminá-lo porque ele é, eternamente, o político, o deputado, o eurodeputado, o ministro. O que na gíria popular significa, simplesmente e cada vez mais, aldrabão.
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Quer-me parecer que S. Bento é demasiado pequeno para o ego deste Sr. E tenho dúvidas que a Terra contenha espaço para o albergar, ao ego.
ResponderEliminarSer um simples deputado na Assembleia da República? Que horror!
Presumo que terá pensado mais ou menos isto: “Eu, que já fui ministro e deputado ao Parlamento Europeu, nunca me poderia confinar a um lugar onde só serei visto quando me levanto para votar e, ainda assim, se todos os demais deputados ficarem sentados. Ainda se me tivessem dado o lugar de vice-presidente da Assembleia…”
Quando era ministro, trocou a ida a uma reunião importante a nível europeu devido a um grave incidente internacional pela permanência na praia (dos Tomates, se não me engano). Só não sei esta praia é para quem “os” tem ou ...não.
Recordo também que este Sr. era o terror das assistentes de bordo da TAP, devido às exigências absurdas que fazia. Na altura até se contava a história de uma manta que – e porque falo de aviões – “voou” no interior de uma mala…ministerial.
…mas parece que não passou na alfândega.
Enfim. Este episódio é mais uma achega para a “elevada” credibilidade dos nossos políticos, às costas dos quais cavalga a abstenção, nem galope desenfreado.
Também revela o faro político de Manuela F. Leite para escolher as pessoas, como se já não bastassem António Preto e Helena Napoleão.
Aquela Sra. poderá muito bem pensar: “Que mais me irá acontecer?”.
Pois…