sexta-feira, 13 de novembro de 2009

SEGURADORAS: SÃO NECESSÁRIAS, MAS DEVEM TER "BOAS" PRÁTICAS

Notas prévias:
1. Um blogue não deve tratar de casos pessoais. Se aqui refiro o meu "caso” é porque dele, creio,  se podem tirar ensinamentos gerais. 
2. Sei que quem ler este texto acabará exclamando “bem feita, quem o manda ser parvo!"

Vamos então “à coisa”: Há cerca de 2 anos tive que solicitar, com carácter de “necessidade urgente”, um empréstimo ao banco através de uma hipoteca sobre o andar em que habito. O banco foi correcto, mas – faz parte das regras – houve que constituir um seguro numa seguradora que o próprio banco impôs. Para esse seguro, houve que preencher uma ficha clínica. Disse-lhes que nesse momento estava a ser medicado porque o valor da diabetes estava elevado. O seguro foi agravado – e achei justo: afinal se alguém está doente oferece “mais perigo de vida”. Acontece que passado pouco tempo o valor da diabetes passou a normal, como o comprovam as várias análises que enviei à seguradora, e por isso solicitei a anulação do agravamento. A resposta foi negativa e nem sequer foi justificada. A isto chamo – porque sou bem educado – desonestidade traduzida em roubo. Claro que todos se me riem na cara: quem te mandou dizer a verdade? Lamento, mas já estou demasiado velho para mudar: as leis justas são para cumprir. É um princípio mais importante do que querer enganar as seguradoras, mesmo que estas funcionem como ladroagem… (Nota: a seguradora em causa é a Zurich).
Mas a prática das seguradoras tem outras anormalidades. Com cobertura legal, ao que parece. Apesar do valor da dívida ao banco baixar todos os meses (á medida que se vão pagando as prestações) o valor do seguro mantém-se sempre o mesmo. O que não faz sentido. O valor do seguro deveria acompanhar a diminuição da dívida. Parece que para o futuro vai ser assim. E porque não para todos os que já tiveram de se “segurar”, até porque na maioria dos casos nem sequer nos foi dada a possibilidade de escolher a seguradora?

3 comentários:

  1. Bem feita, quem te manda ser parvo!
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    Duas notas:

    1) o valor do seguro tem mesmo de baixar acompanhando o decréscimo do valor em débito. Isso já era assim há dois anos.

    2) também me podes chamar parvo. Eu, por exemplo, de forma perfeitamente legal (!!!) pago três seguros de vida sobre a mesma hipoteca!!!! Donde se infere que posso morrer três vezes que não haverá problema nenhum para os meus herdeiros!!!!! Como é que cheguei aqui nem te vou contar.... mas enfim, são baratinhos. Acho que a minha morte está a ser saldada!! hihihihi...

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  2. Fiz um seguro e depois tive uma doença oncológica,para eles estou fresca para outros já "morri" telefonam-me todos os dias a pedir mais dinheiro, acho que tenho que ir buscar o Saramago para o Sporting e o Jesus ao Benfica, porque não há advogado que me valha!Viva Portugal!

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