sábado, 14 de novembro de 2009

AVALIAÇÃO DOS PROFESSORES QUE NÃO ENTREGARAM OS OBJECTIVOS


1. Esses docentes, não tendo entregue "objectivos individuais",
entregaram contudo e seu relatório (ou ficha) de autoavaliação, (foi
essa a posição defendida pelos sindicatos) que é o documento essencial
para a sua avaliação por parte dos responsáveis pedagógicos da escola.
(Da parte administrativa cuida o director). Ou seja, há elementos — os
fundamentais — para que a avaliação se faça.

2. A entrega dos objectivos individuais só pode ser entendida como
um direito e não como um dever, uma vez que na sua ausência eles
poderiam sempre ser impostos pela direcção e coordenador de
departamento. Mas convém dizer que a recusa de entrega desses
objectivos individuais teve como razões, não só denunciar um modelo de
avaliação cuja aplicação conduziria a enormes injustiças, mas razões
éticas e deontológicas profundas. Em inúmeras escolas a não existência
de projecto educativo minimamente coerente, a não definição de
objectivos gerais a atingir pela escola, por exemplo, tornavam
impossível qualquer definição coerente de objectivos individuais. Para
não falar já da agressão ética que foi a proposta de algumas escolas
de que os professores se comprometessem, à partida, a melhorar em 5,6,
ou 7% (conheço casos destes) as notas do ano anterior.

3. Não me interessa saber se a não avaliação tem ou não tem
consequências. É absolutamente injusto que quem assumiu coerentemente
a luta contra um absurdo (hoje ninguém se atreve a defender o modelo
de avaliação, quer o "total" quer o "simplex1") não seja avaliado como
os outros. É aliás o que muitas escolas já estão a fazer.

4. Esta será uma das pedras de toque nas negociações que se vão
iniciar. Espero francamente que não seja a primeira pedra inamovível
num caminho que queremos percorrer.

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