A questão do insucesso e abandono escolares voltou à primeira página dos jornais. E é bom que assim seja porque são muito preocupantes os elevados índices que ainda mantemos. Convém contudo que aprendamos com a experiência, para que não repitamos os mesmos erros. Eis alguns erros que é preciso evitar:
- não cair na tentação de resolver o problema através de jogos estatísticos ou de facilitismos sem coerência.
- reconhecer que perante dificuldades que ao alunos apresentem, impingir-lhes “mais do mesmo” só consegue agudizar o problema.
Defendo que só em casos excepcionais se deve reter um aluno no mesmo ano. Mas para que isso não signifique “passagem à balda” é necessário deixar a cada escola decidir qual o melhor modelo para recuperar atrasos de aprendizagens que os alunos apresentem. É preciso que essa tarefa de “recuperação” não se transforme em sobrecarga de trabalho nem para o aluno nem para o professor. Isto é, que para o aluno signifique um melhor uso do tempo que tem de estar na escola; para o professor que esse trabalho seja considerado de “componente lectiva”.
A recuperação de atrasos deve ter lugar logo que detectado ou pelo menos logo no ano lectivo seguinte. E partir do princípio que, por norma, os atrasos de aprendizagem são recuperáveis, de modo a que os alunos possam logo que possível retomar o seu percurso normal. A eternização e generalização dos chamados “currículos alternativos” são de evitar, porque não recuperam, apenas discriminam.
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