As reuniões que tenho vindo a fazer nas escolas em torno do acordo assinado entre os professores e o ME serviram para em mim arreigar a opinião de que as escolas públicas portuguesas não merecem ser transformadas em campo de luta pelas décimas no processo de avaliação de desempenho docente. Não há qualquer instrumento suficientemente aferido que permita distinguir o 7,3 do 7,2 ou do 7,4 na avaliação de desempenho
O interesse das escolas e o normal ambiente entre os professores exigem que não se vá por esse caminho.
Acreditando como Descartes que “o bom senso é a coisa mais bem distribuída”, divulgo a opinião que tenho sustentado: que a divisão das classificações atribuídas aos docentes, se tiver que haver, seja a de Insuficiente, Bom e Muito Bom. E se, por razões de contingentação, houver mesmo que “seriar” os professores classificados com Bom, de modo a decidir quem tem lugar nas vagas abertas, que se use para esse (lamentável) fim a graduação profissional. Essa obedece a critérios objectivos e “universais”. A distinção entre 7,3 e 7,1 é simplesmente aleatória e como tal deve ser rejeitada. As escolas agradecerão.
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