Num recente encontro de militantes socialistas da área do ensino, Sócrates insistiu na treta de que com Maria de Lurdes Rodrigues se iniciou a avaliação dos professores e educadores e de que tal "conquista " veio para ficar. Tese falsa. Primeiro, porque desde 1998 que a avaliação de professores estava regulamentada e era praticada. Mas sobretudo porque se período houve em que não houve nada, mesmo nada, parecido com avaliação de desempenho docente, foi o período do consulado, mais ou menos terrorista, de Lurdes Rodrigues. E finalmente, porque o modelo que aí vem só por ironia pode definir-se como um modelo de avaliação de desempenho; é antes um processo de seriação dos docentes. Um processo absurdo, tipicamente administrativo, que em nada vai melhorar a qualidade da nossa escola. Bem pelo contrário: ao incentivar uma competitividade extrema, ao potenciar as maiores injustiças relativas, vai contribuir para agravar as dificuldades da nossa escola pública.
Espero apenas que o desastre seja nítido, para que muito em breve substituamos modelos de seriação por mecanismos honestos de avaliação. É por isso que é preciso levar a sério o que ficou consignado no "acordo": a análise da aplicação prática desta coisa erradamente chamada modelo de avaliação de desempenho docente decorrerá já no final de 2011.
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