terça-feira, 5 de outubro de 2010

GREVE GERAL COM CGTP-IN, UGT, STE E TODOS OS OUTROS

É uma boa notícia a de que Carvalho da Silva e João Proença se vão encontrar na 5ª feira para analisar a hipótese de uma greve geral conjunta no dia 24 de Novembro. É importante que esses protagonistas tenham presente que representam os trabalhadores. Os trabalhadores têm diferentes opções ideológicas, votam das maneiras mais variadas e boa parte deles (certamente a maioria) votou no PS. E contudo têm a uni-los a necessidade de reagir adequadamente a um ataque injusto que procura fazê-los pagar, mais do que a quaisquer outros, os custos de uma crise que esses outros provocaram e de que, na maioria dos casos, tiraram nítido proveito. Carvalho da Silva tem a seu favor, além de um enorme prestígio social, a força de ser reconhecidamente mais representativo no que respeita ao número de sindicalizados; Proença salientará, que embora menos representativa que a CGTP-IN, a UGT tem forte presença na banca, nos seguros e nos transportes. Ambos terão de reconhecer que a maioria dos trabalhadores, infelizmente, não está sindicalizada e sem eles não há greve geral que se salve. É necessário chamar à greve geral o STE, cuja representatividade nos quadros superiores da Administração Pública é inquestionável.
Uma greve geral juntando sindicatos com perspectivas tão diferentes terá de definir objectivos de luta bem concretos, centrados na defesa de interesses e direitos bem clarificados: só uma tal clareza superará as divergências políticas em presença. Os trabalhadores – mesmo os que votam e continuarão a votar no PS – merecem e exigem esse esforço de real unidade. E deverão pedir contas a quem a quiser impedir.

1 comentário:

  1. Com tal ataque aos trabalhadores as Centrais sindicais têm que se unir, esquecer as suas tendências partidárias e fazer aquilo para o que existem, defender quem trabalha e vive do seu salário.
    Congratulo-me com esta aproximação da UGT e CGTP, dá a esta Greve Geral muito mais sentido.
    Primeiro que os nossos "amores" está a nossa dignidade!

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