quinta-feira, 14 de outubro de 2010

ALGUMAS PASSAGENS DE “TRÊS OU QUATRO COISAS SOBRE O PAÍS REAL”

de Ana Benavente, no Público (14 de Outubro)

“O medo é perigoso e mau conselheiro.”

“Do PSD não virá nem bom vento nem bom casamento(…) Não precisamos de mais betão. Do PS também não veio o futuro porque se tornou demasiado próximo do liberalismo económico (…)”

“É assim na administração pública, na saúde e na educação, para referir três domínios em que a liberalização é óbvia e nefasta. Quem não vê os crimes que se cometem com o encerramento de escolas e com os mega-agrupamentos, forçando uma despersonalização que em tudo contraria o que significa a educação em democracia? Como é possível acreditar que a OCDE é a absoluta portadora da verdade? As suas análises não são neutras em domínio nenhum e o neoliberalismo domina essa organização (…)”

“(…) Se não soubesse quem é o partido do Governo, olhando para as medidas que toma e para os discursos que faz, pensaria que era o PP que dirige o país.”

“Não há salvadores da pátria. Não os queremos, trazem sempre mais tirania e menos democracia. Somos nós todos que podemos tirar o país do actual impasse (…) Porque se calou há tanto, por exemplo, o Conselho Nacional de Educação? Não sabe da desmotivação e sobrecarga dos professores de todos os graus de ensino? Não vê que nas escolas volta a cultivar-se a obediência e a burocracia como valores maiores? E a universidade e os politécnicos? Que nos dizem sobre o conhecimento que vão produzindo? (…) Porque não fazer do dia da greve geral, em Novembro, um dia de debate nacional em todos os locais de trabalho e nos espaços da sociedade? Por onde andamos nós?"

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