sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

PORQUE É QUE ISTO DA WIKILEAKS É MESMO IMPORTANTE

Ao fim de pouco mais de 24 horas on-line, a petição da Avvaz.org a exigir o fim da perseguição à WikiLeaks já está perto das 460 000 assinaturas.

Segue-se a tradução do e-mail que os responsáveis da Avaaz estão e enviar aos membros da comunidade, que resume muito bem a importância do que está em causa.

A sinistra campanha de intimidação contra a WikiLeaks (quando esta não violou qualquer lei) é um ataque à liberdade da imprensa e à democracia. Precisamos urgentemente de uma imensa manifestação pública de repúdio perante a tentativa de repressão em curso. Vamos conseguir um milhão de assinaturas e publicar anúncios de página inteira nos jornais americanos esta semana!
Esta campanha de grandes proporções para tentar intimidar a WikiLeaks está a causar arrepios a todos defensores da liberdade de imprensa, em qualquer parte do mundo.
Os juristas afirmam que é muito pouco provável que a WikiLeaks tenha violado lei alguma. Mas mesmo assim políticos americanos de topo apelidaram-na de "grupo terrorista" e houve comentadores a apelar ao assassínio dos seus membros. A organização está sob um ataque cerrado por parte governo [americano] e de grandes empresas, mas a WikiLeaks limita-se a publicar informação fornecida por informadores. E trabalha em pareceria com jornais de referência mundiais (The New York Times, The Guardian, Der Spiegel, etc.) para examinar cuidadosamente a informação que publica. Os telegramas diplomáticos foram rigorosamente editados, para eliminar qualquer informação que fosse irresponsável publicar. Até agora, apenas foram publicados 800 telegramas. As divulgações anteriores da WikiLeaks expuseram tortura sancionada por governos, o assassínio de civis inocentes no Iraque e no Afeganistão, e corrupção empresarial.
O governo americano encontra-se neste momento a tentar explorar todas as saídas legais possíveis para impedir a WikiLeaks de publicar mais telegramas, mas as leis democráticas impedem a censura da imprensa. Os governos dos EUA e de outros países podem não gostar particularmente das leis que protegem a nossa liberdade de expressão, mas é exactamente por isso que é tão importante que elas existam — e a razão por que só podem ser alteradas mediante um processo democrático.
As pessoas sensatas até podem ter dúvidas relativamente a se a WikiLeaks e os grandes jornais com quem opera estão ou não a divulgar mais informação do que aquela a que o público devia ter acesso; se a divulgação põe em cuasa ou não a confidencialidade diplomática, e se isso é bom ou mau; se Julian Assange é um herói ou um canalha. Mas nada disto justifica uma campanha violenta de intimidação para silenciar um meio de comunicação legal por parte de governos e empresas.
Se queria saber porque é que os meios de comunicação raramente contam a história toda do que se passou nos bastidores, agora já sabe — porque os governos podem reagir agressivamente. E quando isso acontece, cabe-nos a nós todos defender o direito democrático à liberdade de imprensa e de expressão. Nunca foi tão essencial fazê-lo como agora.

Com esperança,
Ricken, Emma, Alex, Alice, Maria Paz e o resto da equipa da Avaaz.

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