quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

INSIDE JOBS — A VERDADE DA CRISE : UM FILME A NÃO PERDER

Corro o risco de chegar tarde — este filme deve estar quase a despedir-se. Fui vê-lo ontem, no cinema King. Duas ou três ideias me marcaram:
1. Os responsáveis pela crise continuam nos lugares de topo da economia mundial, "prontinhos" a regressar "ao mesmo" logo que o comum dos mortais pague os disparates — e os crimes — que cometeram e de que continuam a ufanar-se.
2. A economia é um domínio de investigação fortemente marcado pelos interesses ideológicos e dos grandes grupos económicos e financeiros; as grandes universidades norte americanas e inglesas produzem as teorias económicas de acordo com os interesses dos grandes banqueiros e dos poderes políticos. E fazem-no sem qualquer pudor. O circuito entre as cátedras das universidades de Economia e as direcções das grandes empresas financeiras é em tudo semelhante  ao circuito português entre ministros e directores de grandes empresas. (O paralelismo com os nossos João Duque , Cantigas Esteves e quejandos é mais que óbvio! O Cavaco também por lá andou).
3. Os EUA tornaram-se, segundo o filme, num país de desigualdades gritantes, crescendo em flecha o número de pobres e muito pobres.
4. Enfim, a amargura de não saber como mudar este estado de coisas. Precisávamos de acabar com o capitalismo. Infelizmente a experiência comunista pôs fim a uma esperança que - ilusoriamente — nos acompanhou durante muito tempo. Mas é tempo de idealizar outras saídas. Caso contrário, ficaremos à espera da próxima crise.

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