quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

AS PROMOÇÕES NA GNR

Na sua edição de hoje — 23 de Dezembro — o grande título de primeira página
do Público é "GNR promove 4050 guardas para fugir ao congelamento de carreiras." Assim, sem o esclarecimento inserto nas páginas interiores, somos levados a pensar que a GNR teria cometido, se não uma ilegalidade, pelo menos um acto de benefício para os seus militares de modo a "driblar" o governo. Ora, isso é falso. Estes militares da GNR já deviam ter sido promovidos, alguns há anos, e como tal vão receber retroactivos. O que seria profunda injustiça era impedir que estes militares da GNR progredissem — direito há já muito adquirido. Ao agir como agiu, a direcção da GNR não beneficiou ninguém. Apenas impediu que uma injustiça — a tardia promoção — se transformasse numa injustiça ainda maior. Está de parabéns.
Não sou jornalista. Mas bem me parece que estes títulos, que facilmente induzem a conclusões falsas, não são prova de um bom jornalismo.

PS: Teme o jornalista, nas páginas interiores, que outros serviços sigam este bom exemplo. Oxalá! De resto, entendo que todos os cidadãos que tivessem direito a progredir nas suas carreiras e o não tenham feito por incúria, má vontade ou incompetência dos serviços, e que neste momento vejam a sua progressão bloqueada, devem processar criminalmente os responsáveis dos serviços e exigir-lhes as devidas compensações.

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