terça-feira, 18 de maio de 2010

UMA QUESTÃO DE CREDIBILIDADE

Tão grave como a crise económica, financeira e social em que mergulhámos são a falta de expectativas quanto ao futuro e a falta de credibilidade no discurso político. Os economistas convergem no princípio de que estas medidas de austeridade são recessivas. Discutem apenas a intensidade da recessão vindoura. Deste modo, após a austeridade, austeridade virá. Uma austeridadse que não foi por nós decidida mas que nos foi imposta. Transformamo-nos numa espécie de colónia da Alemanha.
Em 15 dias Sócrates e Passos Coelho puseram-se de acordo desdizendo ambos o que antes tinham dito. Sócrates aumentou os impostos escassos dias após ter garantido, aliás de forma insolente, a uma deputada da Assembleia da República que não o faria. Passos Coelho aceitou o aumento dos impostos, contrariando tudo o que o Psd e ele próprio tinham vindo a defender. Que segurança poderemos nós ter no que no futuro nos disserem?
Uma das poucas coisas claras de tudo isto é a certeza de uma completa ausência de estratégia política e económica para o desenvolvimento do país. Será a esquerda capaz de a construir coerentemente?

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