quinta-feira, 27 de maio de 2010

TAMBÉM NOS VÃO TRIBUTAR OS NEURÓNIOS?

Há uns dias, o primeiro ministro disse, numa entrevista à RTP, que perante o aumento de desempregados reais contabilizado pelo INE havia um dado positivo a registar: a diminuição dos pedidos de subsídio de desemprego. E ninguém pegou nisto. A menos que nos expliquem muito bem que possa haver outros factores em jogo, a conclusão é só uma: está a aumentar o número de desempregados que não têm direito a subsídio de desemprego. E se isto é um facto positivo para o governo, ao menos tenha a coragem política de o assumir.
Ontem, a ministra do trabalho teve o topete de afirmar que a diminuição das medidas extraordinárias de apoio aos desempregados não equivalia a uma redução desse apoio. Mais uma vez, assumam a opção política de sacrificar uma medida de reacção à crise precisamente quando essa crise se agudiza, e de fazer o sacrifício onde ela dói mais.  Alguém explique à senhora ministra que ainda sabemos que uma redução se mede a partir da realidade, não do ponto de partida que dá mais jeito. Apetece responder-lhe que, nesse caso, a melhor maneira de reduzir défices é… aumentá-los brutalmente.
Há uns filhos da puta que nos zurram por todos os lados que os lucros que geram a brincar com as nossas vidas são inquestionáveis; e há outros que já nem escondem que contam com a nossa estupidez para lhes fazer as vontadinhas todas. 

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