Dois títulos de notícias me deixaram, hoje, irritadamente calmo como acontece quando se recebem notícias más mas não inesperadas. Uma: “O número de trabalhadores com o salário mínimo duplicou desde 2006” (DN). Nada de novo – a CGTP-IN já o denunciou muitas vezes. É a “justiça social” na versão de José Sócrates (claro que se recebem o salário mínimo é porque não cumprem os objectivos, caso contrário ganhariam como o sr. Mexia).
Outra diz-nos que Bruxelas acusa bancos internacionais e agências de risco de empurrarem Portugal para uma crise (Jornal i ) Também nada de novo. É o capitalismo no seu melhor. Os especuladores financeiros parecem ter descoberto uma nova mina: especularem sobre os orçamentos dos Estados. A solidariedade capitalista é implacável: se estás em dificuldade, tornamos-te o crédito mais difícil! (Aliás, é o que acontece a cada um de nós no nosso “dia.a-dia” quando temos de negociar com os bancos.)
Chama-se a isto a “lógica do mercado”. Quanto mais capitalismo, melhor, não é?
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