Uma das ideias "requentadas" deste PEC é a de diminuir o número de trabalhadores na administração pública. A meta, agora, é substituir 3 que saiam por apenas 1 que entre. Esta lógica teria sentido se fosse verdade que em Portugal o número de trabalhadores na função pública é exagerado. Porém, se o termo for a comparação com a maioria dos países da U.E., isso não acontece: Portugal tem, em média e relativamente à sua população, menos trabalhadores na administração pública. No sector do ensino, a falta de trabalhadores nas secretarias e de apoio (ex-auxiliares) é dramática em muitas escolas e agrupamentos. E as tão badaladas "equipas pedagógicas", incluindo professores de apoio e outros técnicos, continuam uma miragem.
A redução drástica (no limite, 33%) destes trabalhadores contribuirá apenas para a degradação dos serviços públicos. Sobretudo, se não se operar, urgentemente, a sua requalificação e actualização — coisa também muito badalada mas não praticada.
Por fim, resta saber se com esta medida draconiana se gastará muito menos. O que se tem verificado é o recurso a contratações privadas (ou público-privadas) para realizar funções, trabalhos, estudos, que poderiam e deveriam ser executados pelos serviços públicos, se estes fossem bem aproveitados.
Facilita-se com esta "externalização" (a linguagem eufemística em voga) a vida a uns tantos amigos. Mas não se poupa nem se melhora. Continuam a atirar-nos areia para os olhos…
Mas por cada 2 carros abatidos compram 1.
ResponderEliminarNem comento.....