Os islandeses decidiram por referendo não autorizar que o seu governo pagasse a países estrangeiros (Holanda e Reino Unido) as dívidas resultantes da falência de uma das suas instituições financeiras – o Icesave. Foi a primeira vez após a independência, em 1944, que os islandeses foram chamados a um referendo. A votação pelo não foi esmagadora – terá ultrapassado os 90% – apesar das ameaças do FMI, da certeza de que haverá “retaliações” internacionais e que, provavelmente, até o ritmo da sua pedida adesão à U.E. poderá abrandar significativamente. Reconheçamos que é um acto de grande afirmação de dignidade de um povo. Pelo menos obrigou o governo para já a renegociar as condições em que este “pagamento” estava a ser imposto pelos países credores.
Temo que os portugueses não fossem capazes de fazer o mesmo…
Muito sinceramente, tenho dúvidas que este resultado reflicta a dignidade dos islandeses e não penso assim devido ao conhecimento que possa ter desse povo, que não tenho.
ResponderEliminarEu continuaria a duvidar se em causa estivessem suecos; noruegueses ou holandeses, povos que muito admiro.
Quanto a mim a questão é tão simples quanto isto:
Sabem que se a Islândia tiver que pagar é do bolso deles que sairá o dinheiro.
Daí a não ter dúvidas nenhumas que se o referendo fosse em Portugal também os portugueses votariam contra e nem seria necessário fazer campanha...