sábado, 20 de março de 2010

QUESTÕES SIMPLES SOBRE O PEC

1. Só um poder respeitado, quer do ponto de vista político quer do ponto de vista ético, pode pretender impor duros sacrifícios sem contestação. Este governo não é respeitado, este primeiro-ministro já se tornou ridículo.

2. Podem ser meras medidas simbólicas. Dirão os economistas que “isso” não afecta o exercício orçamental. Mas exigir sacrifícios a quem pouco ganha e ao mesmo tempo haver gestores públicos e privados que ganham milhões só a título de prémios é revoltante.

3. Como pedir que se aceitem sacrifícios quando os lucros dos bancos e da “bolsa” crescem em bom ritmo? Não foram eles os principais responsáveis pela crise em que mergulhámos?

4. Portugal está entre os países da UE com maior injustiça na distribuição da riqueza. A parte do PIB para o capital vem aumentando, e, obviamente, tem vindo a diminuir a parte atribuída ao trabalho. Alguém acredita que em 2013, após todos os PEC que até lá forem impostos, Portugal estará mais justo?

5. Em suma: O PEC poderá ser imposto. A resposta perante esta imposição só poderá ser a de o denunciar como um factor de empobrecimento e de agravamento da injustiça social. Para isto, não precisávamos de um Partido Socialista.

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