domingo, 9 de janeiro de 2011

ALEGRE

Nos últimos dias acentuou-se a pressão neoliberal sobre Portugal: os bancos e os especuladores aumentam a pressão recorrendo a mecanismos financeiros, a comunicação social (internacional) difunde e amplia as intenções dos "mercados", altas autoridades da UE associam-se ao coro exigindo que o país peça ajuda ao FMI. Mesmo que não se venha a dar a "entrada" oficial do FMI, a pressão exercida acabará por condicionar o Governo, obrigando-o a tomar medidas de natureza idêntica às que resultariam da intervenção dessa instituição internacional. Estamos, pois, perante uma situação particularmente difícil. É nestes momentos que se torna mais necessária a clarificação ideológica: o modo mais imediato de reduzir as despesas do Estado é cortar nos "grandes agregados": a saúde, a educação, a segurança social, os salários (ainda mais do que já sofreram). É a solução imediata, que alguns (a começar por Cavaco Silva) se esforçarão por mostrar que é a "única". Mas é certamente a mais injusta; e não é nem a única, nem a mais adequada… Também por isso o apoio a Manuel Alegre é mais do que necessário. A reiterada afirmação de Alegre na defesa intransigente dos serviços públicos dá-nos a força e a confiança para enfrentar os ataques da "finança" contra o país.

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