quarta-feira, 22 de setembro de 2010

MITOS "BONS" QUE SE ESFARELAM…

Desde adolescentes que a Suécia enche a nossa imaginação — pelo menos a da minha geração. Não só pelas suecas — louras, altas e "livres" — com que sonhávamos (nós, os rapazes; não consta que as raparigas tivessem a mesma idolatria pelos suecos…), mas também pela sua liberdade e tolerância — constituiu local de refúgio para muitos que fugiam à guerra colonial (e outras em outros países) e como exemplo quase perfeito de uma social-democracia de esquerda. É verdade que na nossa voragem marxista-leninista os social-democratas, mesmo os de esquerda, eram os "recuados" face ao sol que se libertaria do socialismo real. Com o desmoronar dessa ficção socialista, o estado social sueco (e de outros países escandinavos) ganhou foro de um ideal ao nosso alcance, ao alcance dos portuguesinhos que desse estado social conheciam um mero arremedo. É nessa Suécia idolatrada que a direita, pela segunda vez consecutiva, ganha as eleições e, pior do que isso, um partido racista e xenófobo entra para o parlamento (teve quase 6% dos votos) e pode vir a ser aliado na formação do governo. Estará o sonho sueco à beira do fim? (Salvar-se-ão ao menos as suecas?)

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