domingo, 26 de setembro de 2010

A CRISE DA ESQUERDA

Confesso que estou dividido. Acho que têm razão os que comparam a birra Passos Coelho/José Sócrates a uma birra de putos na escola primária. Diz o Passos Coelho que o Sócrates é um queixinhas que vai dizer aos outros (à praça pública) o segredo que ele lhe disse – só para ele – e que, portanto, não lhe diz mais segredos; responde o Sócrates que ele não lhe disse que era segredo e que portanto pôde dizer a quem quis ouvir o que Passos Coelho lhe dissera… O Cavaco vai fazer de avozinho: “Os meninos têm que se portar bem e é muito feio andar a dizer mal do outro”. O orçamento passará porque tem de passar e o governo vai continuar a fingir que governa. Qual o papel que me resta? Protestar e dizer que não quero ser vítima das suas birras – porque é para os trabalhadores que vai ficar a “fava”. Por isso – e não só – lá estarei no dia 29 de Setembro a gritar “Respeitem quem trabalha”! Nós – os trabalhadores – não temos que pagar mais impostos só porque os ricaços e os bancos os não pagam. E porque pagamos os nossos impostos temos direito ao Serviço Nacional de Saúde e à Escola Pública – não temos dinheiro para hospitais e colégios privados (e mesmo que tivéssemos) e exigimos ser tão bem tratados como nesses paraísos (??) privados.
Porque estou dividido? Porque o que se impunha era correr com estes meninos birrentos. Só que não tenho ninguém para por no lugar deles que faça diferente do que eles fazem… A este dilema se chama a crise da Esquerda.

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