quarta-feira, 1 de setembro de 2010

IRAQUE: UMA VITÓRIA MILITAR, UMA GRAVE DERROTA POLÍTICA

Oficialmente, o exército norte-americano terminou ontem (31 de Agosto de 2010) a sua missão no Iraque. Nunca esteve em causa a sua superioridade bélica, pelo que a derrota militar das forças do Iraque era inevitável. Mas a "campanha" tem um final desastroso. Deixa o Iraque num estado de guerra civil, incapaz de impedir a violência étnica, religiosa e política, fica-nos um Iraque onde, passado meio ano após as eleições, ainda não foi possível constituir um governo. Nada nos garante que o Iraque não se torne numa nova Somália, caldo óptimo para o desenvolvimento do terrorismo internacional.
A campanha norte-americana exauriu e destroçou o Iraque; mas debilitou igualmente a ONU e, em geral, toda a comunidade internacional: tratou-se de uma guerra ilegítima, de pura agressão a um país soberano, decidida à revelia das estruturas políticas internacionais.
Vergonhosamente, Portugal ficará ligado a esta guerra ilegítima devido ao apoio acocorado do então primeiro-ministro Durão Barroso à vontade de Bush. A União Europeia contará entre as suas vergonhas o ter eleito esse mesmo Durão Barroso para seu presidente. São tristes estes tempos.

Sem comentários:

Enviar um comentário