quinta-feira, 12 de agosto de 2010

FREEPORT: PRECISAMOS DA VERDADE TODA

Todos os dias há novidades sobre o processo Freeport, que juridicamente parece estar irremediavelmente encerrado. A mais preocupante de todas é a séria hipótese de os responsáveis máximo pela processo o terem conduzido intencionalmente no sentido de não "ouvir" José Sócrates, estivesse ele envolvido ou não. Contrariamente às fanfarronadas de Sócrates e à desmesurada lisonja de Vital Moreira, a figura do primeiro-ministro está agora mais fragilizada: é verdade que não se provou que ele tivesse sido corrompido ou que tivesse cometido alguma ilegalidade; mas, face aos últimos desenvolvimentos, será sempre possível acrescentar "porque foi de tal modo protegido no processo que nem tempo houve para o "interrogar". A direita continua a queimar Sócrates em lume brando. Não é que ele não o mereça, mas o país não ganha nada com isso. É que é também a nossa justiça que se vê arrastada para o lamaçal da desconfiança e da dependência face ao poder político. Depois da Educação — cujo prestígio Lurdes Rodrigues destruiu com alarve aplauso de Sócrates — agora é a Justiça a perder credibilidade. São dois pilares do nosso regime em causa. Sobreviverá o regime?

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