quinta-feira, 3 de março de 2011

É TAMBÉM POR ISTO QUE NO DIA 12 OS PROFESSORES VÃO ENCHER O CAMPO PEQUENO!


Avaliar os professores ou prolongar o caos?
No início de Novembro de 2009, tinha o Governo acabado de tomar posse, escreveu-se aqui que, depois de a avaliação dos professores ter sido uma das chagas da anterior legislatura, importava “abrir caminho a novas soluções. E rápidas. Não para calar vozes discordantes ou garantir a paz pela inércia, mas para repor o processo no ponto exacto onde deveria ter arriscado novo rumo”. Por essa altura o Conselho Científico para a Avaliação de Professores concluía, em relatório, que o modo de aplicação do processo de avaliação, bem como os instrumentos de registo e o curto prazo de tempo nele usados levaram a uma “alteração caótica das rotinas” das escolas.
Presidia ao conselho o professor Alexandre Ventura. O mesmo que, hoje no Governo e já na qualidade de secretário de Estado adjunto da Educação, vem agora dizer que “não podemos iniciar um processo e ao fim de uns meses proceder a alterações ou simplificações. Isso apesar de, entre os professores, não haver consenso, nem paz, nem sinais de que a tal “alteração caótica” tenha deixado de fazer estragos em todos estes meses.
Avaliar os professores é uma necessidade e um imperativo. Mas insistir num mau modelo apenas por inércia ou teimosia é coisa que raia já os limites do intolerável.

(Parte do Editorial do Públicode 2 de Março)

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