terça-feira, 15 de maio de 2012

NUNO CRATO : UM FUNDAMENTALISMO NEGATIVISTA DOENTIO



A decisão de encerrar os cursos de Novas Oportunidades e de despedir o pessoal que os garantia, na ausência de uma avaliação séria do processo e, sobretudo, sem apresentar qualquer alternativa para os trabalhadores que, legitimamente, pretendem voltar à escola e verem reconhecidas as competências entretanto adquiridas, revela uma faceta preocupante num ministro da Educação: o de fiel servo de um fundamentalismo pedagógico que considera como “válido” apenas o que é tradicionalmente aceite como “culturalmente” importante, antes de tudo, a matemática e a língua nacional.
Evidencia também um elitismo populista: ao mesmo tempo que cede ao senso comum e à retórica mediática de uns tantos arautos do “saber fechado”, reafirma o seu conceito elitista de que nem todos têm o direito de voltar à escola. Se a questão era – talvez fosse –falta de exigência, então impunha-se estabelecer novos mecanismos que a garantissem e estimulassem. Nuno Crato foi pelo caminho mais simples, mas mais inútil: acabe-se com as Novas Oportunidades já!

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