quinta-feira, 3 de maio de 2012

CONSTÂNCIO E COMPANHIA


Uma das “técnicas” usadas pela ideologia capitalista é considerar que os atores dos processos não são pessoas, com nomes, fotos, e outros “dados “ mas sim estruturas abstratas, impessoais, genéricas. Deixou de haver capitalistas; agora há “mercados”, ações bolsistas… Fala-se das fraudes do BPN como se não fossem pessoas muito concretas que as fizeram e as permitiram. É nesse contexto que não deixa de ser interessante a divulgação e a análise que o Diário de Notícias está a fazer sobre o caso BPN. É salutar que no número de hoje – dia 2 de maio de 2012- aquele diário deixe claro que Vitor Constâncio, Carlos Santos e Clara Machado  (todos ao tempo altos quadros do Banco de Portugal)têm reais responsabilidades nas fraudes cometidas. Competia-lhes supervisionar o BPN e não o fizeram. Por incompetência? Por desleixo? Por corrupção? O que – sublinha ainda o DN- é ainda mais incrível é que esta incompetência (pelo menos) tenha sido recompensada com agradáveis promoções: Constâncio para o Banco Central Europeu (BCE). Carlos Santos para o BPP e Carla Machado passou a mediadora de crédito. Eles falharam, portanto foram promovidos, enquanto que nós…pagamos  com língua de  palmo o roubo que uns fizeram e outros deixaram fazer…

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