quinta-feira, 12 de maio de 2011

SÓCRATES vs. LOUÇÃ

Em certos momentos chegou a ser pungente a imagem do primeiro-ministro em gestão. A sua reputada fama de aldrabão e troca-tintas pareceu confirmar-se ao insistir em negar como verdadeiro o que, em nome do país e portanto responsabilizando o chefe do governo, Teixeira dos Santos escrevera ao FMI. Já desorientado, procurou dizer que “grande quebra” na Taxa Social Única (TSU) de que fala a carta brandida por Louçã seria de 0,5 ou 1%, isto é, pequena… Uma trapalhada que apenas serviu para manchar ainda mais a sua credibilidade.
Louça esteve bem: aguerrido, sólido, convincente. Mas carrega às suas costas os enormes disparates do BE nos últimos tempos: a campanha presidencial (mesmo que por culpa alheia), a patética moção de censura que afinal não o queria ser, a recusa em falar com a troika e sobretudo a permanente incapacidade de participar em qualquer solução governativa.
Temo que o grande vencedor do debate tenha sido Passos Coelho. A vitória de Passos Coelho seria o nosso maior desastre. Apesar de Sócrates.

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